9.16.2004

 

Um Pouco de Saudosismo

Por Maestro Zezinho

Os últimos acontecimentos com os mendigos de São Paulo, que culminaram na prisão de dois PMs, fazem-me recordar um episódio em Diadema, ao qual dedico a música a seguir, em ritmo de "Será?", do legião Urbana:


Bati na mão e no seu rim
E você não pôde entender
PM da Naval é assim
Passa na frente que você vai se ver

A gente pode estar sozinho
Mas com o berro eu não passo solidão
Você pode até duvidar
Mas toma uma e vai ficar no chão

Será, que dou no pé e na mão
Será, que você vai contar pra alguéémm
Será, que foi murro no pulmão
Será, que vão conseguir nos deter-eeer

Rambô-ô-ô-ôô

Atirar sem ver
Foi sem querer
Quem é que vai
Vir nos prender
Será que vamos ter que responder
Mil processos a mais
Vou ser o rei da DP

Rambô-ô-ô-ô-ô-ôôô
Maestro Zezinho foi amaldiçoado por um trabalho feito ao Exú Caveira e ao Zepelintre, em 1992. Desde então, tem se apresentado somente em casas de prostituição na rua Aurora e no Cine Cairo, às quintas-feiras.

9.15.2004

 

Acontece: Nelson Ned Contrata

Por Plínio Falaz


O cantor, compositor, intérprete e salva-vidas de piscina infantil Nelson Ned, após muito tempo anônimo na mídia, abriu contratações para copeiras e mordomos. As exigências são simples: crianças de oito a dez anos, com experiência em casa de bonecas, com menos de 1,20m. Muitos compareceram ao exame de admissão, mas o artista já avisou que só aceitará candidatos com carta de referência da Brinquedos Estrela. Tatoo, que como todos lembram era o anão da Ilha da Fantasia, foi demitido da casa de Ned na semana passada por justa-causa. O empregado estuprou as bonecas Barbie da filha do cantor e urinou no bidê do lavabo, utilizado frequentemente pela família Ned como ofurô.

DESEMPREGO: milhares de pimpolhos compareceram ao teste

Plínio Falaz é paleontologista urbanístico na ilha de Malta. Surpreendido por um furacão em 1971, é obrigado até hoje a conviver com um maxilar deslocado, alimentando-se basicamente de sopas e líquidos, com o auxílio de um funil. Perguntado quanto à fonte das informações acima, limitou-se a emitir um "No Hablo".


9.14.2004

 

Extra! - Cientistas Localizam Cú do Mundo

Por Virgulágner Montes

Cientistas da Universidade Católica de Serra Leoa localizaram, esta semana, algo extraordinário num fenômeno aparentemente comum. O que parecia um furacão revelou-se na verdade ser o "Cú do Mundo", ou super typhoon, em serraleonense. Confiram a imagem do satélite:



Virgulágner Montes é professor de canto gregoriano na ASAPOS (Associação dos Amigos dos Portadores de Surdez) e manca de uma perna, resultado de um acidente com um martelo de carne e uma peça de fraldinha, sofrido no inverno de 1984, em Boca Ratón, Colorado.


9.13.2004

 

Show do Esporte: Perguntas e Respostas

Por Tales Lima Carrão

Domingo. Excelente dia para uma partida de Master, tradicional jogo da Grow de perguntas e respostas. Fizemos um jogo diferente, eu e o sr. Menstruca: completar oito perguntas de cada uma das nove disciplinas. Quem completasse primeiro ganhava. Adianto que ganhei pelo placar apertado de 72 a 69, mas não foi assim durante todo o jogo.

As primeiras perguntas coroaram minha sorte, e o azar do prezado companheiro. Enquanto tive de responder a fáceis perguntas, Menstruca enfrentou seu maior medo: a informática. Completamente incapaz de responder a perguntas ridículas como: "qual o nome do símbolo @?", ele teve de encarar perguntas como "O que é 'wysiwyg'?" e "Quantos 'bits' cabem em um 'gygabyte'?"

Vibrei. Em cinco rodadas, já tinha aberto mais de dez pontos e agora esbarrava principalmente em Artes e Entretenimento. Menstruca já perdia a paciência. Sua completa indignação teve início na pergunta: "Que conto musical composto por Serge Procofiev fez grande sucesso entre crianças?" - respondi quase que prontamente, relembrando um daqueles disquinhos ridículos padrão SP`do Disney, que tocávamos numa vitrolinha vermelha quando crianças: "Pedro e o lobo". A resposta foi seguida de um "vá se foder" ouvido por todos os apartamentos vizinhos, num raio de 180m. Fui obrigado a completar: "Ué, não era óbvio?"

O nervoso do querido colega só aumentou nas rodadas seguintes. Em todas as questões de múltiplas alternativas meus chutes foram certeiros, evidentemente seguidos de um "sem dúvida, só podia ser essa". A partir daí, Menstruca respondeu, em 90% das questões de Artes "Zeca Pagodinho" ou "Machado de Assis", e "Jefferson peres" em todas de Ciências.

Minhas próximas respostas certas aumentaram em 60% as chances de Menstruca ter um ataque cardíaco antes dos 35 anos. "Cromatófaros", "Tchaikovsky", "Victor Brecheret", "Equinodermos" e "Adobe Acrobat". Mas a indignação completa e absoluta veio numa pergunta aparentemente inocente:

"Como é conhecido o arco-íris em Portugal e no Rio Grande do Sul?"

Respondi em segundos: "Arco-da-Velha". "Não é possível, não é possivel", repetia Menstruca. "Como algum filho da puta no mundo vai saber essa merda?". "É muita cultura inútil".

De repente, empaquei em História Natural. Isso fez com que Menstruca praticamente encostasse no placar, mas o jogo, assim mesmo, já estava definido.

Partida terminada. 72 a 69. Um placar aparentemente apertado, mas que fez Menstruca espumar, errar a privada na hora de mijar, derrubar uma pilha de latas de cerveja e socar com veemência o grande cachorro de pelúcia em seu quarto. Como bom amigo, diante da frustração de um colega, não pude deixar de atirar em sua cara: "Você perdeu". "Ah, foi fácil, por sinal".

Comecei a juntar minhas coisas e me preparar para ir embora. Afinal, segunda é dia de branco e já eram duas da manhã. Menstruca foi dormir indignado e peguei meu carro, tomando o rumo de casa. Quando cheguei na metade do caminho, procurando meu maço de cigarros no bolso, me deparei com uma folha de papel dobrada. Abri, e achei os seguintes dizeres:

"ARCO-DA-VELHA É A CABEÇA DO MEU PAU!!!"

Tales Lima Carrão é taxista aposentado e propritário de um carrinho de churros no Largo da Lapa. Aos seis anos de idade, discutiu com um grupo de freiras por causa de um naco de carne-seca. Foi espancado e até hoje tem aversão à feijoada.

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