2.17.2005
Que Gracinha de Robô
Por Tales Lima Carrão
A tecnologia atingiu finalmente o mundo GLS. Na semana passada, os japoneses novamente surpreenderam o mundo ao lançar no mercado o primeiro robô homossexual. O Dao-Ku possui falhas nas articulações do pulso, olhos verdes, é malhado, ativo/passivo e faz orl. anl. até o final. A versão Plus também traz orifício lubrificado e toca MP3, mas somente de músicas do Village People e da Gloria Gaynor.
A Fag Technologies, fabricante do robô, diz que o próximo passo é a conquista do mercado de lésbicas, com o robô Velcro, que usa sapatos largos e toca músicas da "cantora" K.D.Lang.
Tales Lima Carrão é engenheiro mecatrônico na Panificadora Sta. Cruz e foi pioneiro na realização de projetos para as forças armadas das Ilhas Maldivas.
12.16.2004
Balada do Arco-da-Velha
Por Tales Lima Carrão
SESC Interlagos, manhã de quinta-feira. Convidado a participar e a cobrir um evento de "responsabilidade social", fui obrigado a estar às 10h00 nessa localidade, situada ALÉM da linha de trem que segue para o Grajaú, Embu-Guaçú e etc. Confesso que não fui com a melhor das disposições, mas não considerei nada de grave, até que chegasse o momento.
O ginásio do evento estava lotado, com mais de 400 anciões. No centro, um pequeno coro de 20 velhinhos cantava (na verdade não ouvi a voz de nenhum), comandados por uma alemã albina de 2,05 m de altura, com bochechas rosadas e expressão de 'fraulein'. Enquanto cantava com uma voz espetacularmente estridente, a alemã balançava freneticamente os braços e dava saltinhos, assustando e inibindo o coro de velhinhos, que permanecia imóvel e calado.
Num dado momento, resolvi que chamaria meu avô, de 84 anos, para a balada. Entretanto, lembrei que certa vez ele me dissera que não saía com mulheres mais velhas, e desisti da idéia.
Após o coro, um velhinho recitou em altos brados uma poesia improvisada, na qual contei a palavra Jesus sendo repetida 57 vezes. Depois uma senhora cantou "Brasil, Brasil", mas embora o refrão sugira a repetição da palavra apenas 2 vezes, cada refrão dela continha um número indefinido de repetições.
Quando vi as meninas que estavam fazendo a organização do evento, imediatamente mudei de lugar, sentando-me ao seu lado. Conversa vai, conversa vem, e nada, não sairia mato daquele coelho. Consultei a programação, mas não achei especificidades sobre as apresentações, então perguntei para uma das meninas. A próxima atração era o "grupo de percursão". Nesse exato momento, o "vibracall" do meu celular chamou, atendi (arrã..) e disse as meninas que precisaria ir embora.
Bem, no dia em que eu passar dos 80 anos, se isso acontecer, prometo que irei todos os dias à praça, jogar dominó. Afinal, os idosos tem que ser respeitados, mas não há nenhuma lei que nos obrigue a ouvi-los cantando.
Tales Lima Carrão é puxador da escola de samba dos velhinhos genocidas da colônia Menguele. Aos 22 anos, em estágio alcóolico avançado, beijou um esfregão e um tambor de lixo, ao confundi-lo com a mina que tinha acabado de xavecar.
12.10.2004
Ho ho ho e um prato de salada
Por Tales Lima Carrão
Sim. Como já disse milhares de vezes anteriormente, o mundo está se tornando homossexual. Não bastasse a nova onda do "metrossexualismo", agora temos que conviver (aliás, não de hoje) com naturebas ridículos que exaltam as vantagens de rabanetes e acelgas, enquanto nos deliciamos com maravilhosas e masculinas iguarias gordurosas.
Onde foi parar aquele tempo em que um homem valia o quanto conseguia ingerir de carnes e pratos muito condimentados? A salada, terceiro grande mal da humanidade, atrás apenas da Segunda Guerra Mundial e da epidemia de Peste Negra na Idade Média, vem tomando conta de cardápios de restaurantes, bares e até mesmo do cardápio da casa dos últimos sobreviventes de uma geração de homens glutões e preguiçosos.
Ontem fui surpreendido ao ver um desses homens (ao menos eu supunha que ele assim fosse) pedir uma "Salada César". O que vem a ser uma ´Salada César? Melhor: como alguém pode distinguir um prato de mato a ponto de dar-lhe mais de cem nomes diferentes?
O episódio me irritou demasiado e só pra descontar, pedi uma porção de calabresa acebolado, pedindo para o garçom "óleo extra", além de pedir também a famosa porção de provolone à milanesa.
Foi inútil, o amigo, que no caso era Menstruca, manteve seu pedido de salada. Parti pra ignorância, sumindo com o frasco de azeite, deixando-o cara a cara com um prato sem qualquer experança de gordura. Ele comeu.
Nesse momento, eu, os dois gordos na mesa ao lado, todos os garçons (menos o que serviu a salada, que parecia o Ney Matogrosso), o tio do banheiro e até mesmo uma sapatona que estava no balcão, empurramos Menstruca contra um dos pilares, exigindo satisfações... e rápido.
Neste momento fui obrigado, não a concordar com o consumo vexatório de saladas, mas a 'tolerar' isso. Menstruca havia ingerido, na noite anterior, 700 gramas de queijo cheddar, e essa estava estragado. Não pude deixar de admirá-lo quando disse que, mesmo ao perceber que o queijo já estava em processo de deterioração, sentiu-se na obrigação de degluti-lo, sob pena de ter de comer seu X-Egg-Bacon-Maionese-Tártaro-Provolone sem um de seus componentes fundamentais: o cheddar.
Tudo bem. Dessa vez passou. Mas ao sair do restaurante, cuspi no buffet de saladas.
Tales Lima Carrão é ex-cantor de churrascaria e atual operador de tráfego em buffets de caminhoneiros da rodovia BR-116. Aos 15 anos, ateou fogo a uma banca de jornais após comprar 67 pacotinhos de figurinhas e não conseguir completar seu álbum do Campeonato Brasileiro.
12.01.2004
Grafite Pós-Moderno
Por Tales Lima Carrão
O centro da cidade parou esta semana, estarrecido pelo primeiro Festival de Grafite de Analfabetos de São Paulo, promovido por entidades assistenciais de esquerda. Segundo Edvaldo Poucaletra, coordenador do curso, e também analfabeto, a classe obteve grandes conquistas nos últimos anos, conseguindo inclusive eleger vários deputados, vereadores, prefeitos e até um presidente da república. Poucaletra foi o primeiro a redigir seu nome nos muros: "HGPPY JKIIOL", o que significa "Edinho Animal, Pega um Pega Geral", no dialeto mobrálico.
Nas próximas semanas, a União de Entidades Assistenciais pelos Direitos Sem Sentido deverá promover o concurso de grafites para cegos, julgado pelo comediante Geraldo Magela e também uma apresentação do Coro dos Meninos Sem Dedo, que contará com a participação do presidente da república.
Tales Lima Carrão é ex-instrutor de tiro ao alvo para deficientes visuais e teve seu braço amputado após um ataque crônico de soluços.
11.26.2004
Moda Brasileira Ganha Sudeste Asiático
Por Tales Lima Carrão
Não é de hoje que grifes e estilistas brasileiros avançam nas passarelas do mundo, mas esta semana, o no mínimo inusitado desfile do exército indonésio, revelou a genialidade do estilista, costureiro e boneca brasileiro Ocymar Versolatto. O "garboso" e imponente exército da Indonésia inseriu no uniforme, por iniciativa do estilista, um novo visual, com boina e lencinho de pescoço rosa.
Em entrevista exclusiva para O Caso de Onofre, Versolatto afirmou estar "fe-li-cís-si-mo" com os resultados de sua estada no país asiático, e explicou que o novo desenho foi aprovado imediatamente por mundialmente famosas personalidades indonésias, como Fin Fan Fun (sinto cheiro de Gigante), Clap Clap Clap e João Márcio da Rocha.
O próximo passo será a substituição dos fuzis AR-15, utilizados pelas tropas da Indonésia, por plumas e paetês, e as medalhas e condecorações por broches super transados da última coleção da Guaraná Brasil.
Tales Lima Carrão é co-fundador da Igreja Metodista de São Wilson Mano, uma clara demonstração de saudosismo e também foi, durante o biênio 1989-1990, vice-reitor da APEVESG (Associação Potiguar dos Engraxates Vesgos). Durante sua infância na cidade de Fernandópolis, foi apaixonado por Geni Maria Craveiros, cujo destino hoje permanece um mistério.
11.22.2004
EUA: Eterna Fonte de Imbecilidade
Por Tales Lima Carrão
Mesmo após provar sua liderança como potência mundial, os Estados Unidos continuam a produzir seres humanos com problemas mentais congênitos, ávidos para demonstrar ao mundo toda sua eficácia em ser idiota e também em produzir coisas idiotas. Nesta semana ocorreu mais um dentre milhares de convenções de "Furries". Essa 'tribo' consiste em adultos que se encontram e passam uma semana ou um período menor em resorts e hotéis, vestidos à carater, ou seja, de animais de pelúcia.
Mas a imbecilidade não pára por aí. Também esta semana, numa feira de motos e motocicletas, um americano demonstrará, pela 137º vez, algo que a humanidade já comprovou que não é eficaz: a moto de uma só roda. Ora, se andar sobre uma roda só fosse seguro, não pagaríamos um tostão para ver acrobatas homossexuais apresentarem-se em monociclos. Mas de nada adianta comprovar o óbvio, quando se é americano, o único argumento realmente efetivo é um belo hamburguer de 720 calorias.
Entretanto, mesmo após tudo isso, somos obrigados a admitir: se os americanos, tão imbecis, dominam o mundo, a resposta só pode ser uma, queimemos nossos livros, universidades e bibliotecas, e passemos a nos ater a algo mais importante: seriados de TV.
Tales Lima Carrão é inventor do ultraleve para cegos, artefato que teve seus dias contados a partir do momento em que se levou em conta a existência de prédios e montanhas.
11.18.2004
A Melhor do Guinness
Por Virgulágner Montes
A divulgação, esta semana, da nova edição do Guinness Book of Records causou, mais uma vez, estarrecimento do público. Toda a sorte de recordes bizarros foram registrados, como a do homem que comeu o maior número de baratas em um minuto (um inglês, que mastigou 36 desses insetos) e também a história do americano John Graham, que levou pela quinta vez o título de "Maior Mentiroso do Mundo", quando sabemos que vários de nossos compatriotas ganhariam dele tranquilamente.
Mas de todos os recordes, o mais estarrecedor nem foi divulgado, o do menor feirante do mundo. Kim Hwon Lee, 27 anos, é dono de uma banca de frutas na feira da Rua Nossa Senhora do Ó, bairro do Grajaú, na capital paulista. Tendo maçãs como seu carro-chefe, o comerciante cedeu entrevista exclusiva ao Caso de Onofre. Segundo ele, vender não é problema. "Tenho a voz potente, o problema é que as pessoas não sabem nunca de onde ela está vindo", afirma.
Ele diz que seu maior transtorno são os garotos que ignoram seus berros e surrupiam maçãs de sua banca. Para prevenir os ataques, Lee comprou, ilegalmente, artefatos bélicos da última coleção da Playmobil. O vendedor também diz que já inspirou escritores e artistas com sua baixa estatura, um dos exemplos disso é o clássico "Bicho-da-Maçã", personagem do cartunista Ziraldo.
Virgulágner Montes cronometra corridas de esquilos na Bósnia e é juiz federado de badminton, pela Turcomenistan Badminton Series (TBS). Aos 13 anos, foi detido por tráfico de drogas, ao vender dois chicletes da Adams para amiguinhos, durante o recreio.
